Interesse na aquisição de imóveis para moradia encerra segundo trimestre em alta

Percentual de compradores que informaram ter adquirido imóveis com esse objetivo totalizou 67% da amostra, o maior patamar da série histórica

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A pesquisa Raio-X FipeZap do 2º trimestre de 2019 oferece novos dados sobre o perfil e os objetivos dos agentes do mercado imobiliário brasileiro, incluindo informações inéditas sobre compradores, compradores em potencial e proprietários de imóveis; participação de investidores entre compradores; incidência e percentual de descontos sobre o valor anunciado dos imóveis; bem como a percepção e expectativa dos respondentes com respeito ao nível e trajetória dos preços dos imóveis no curto e longo prazos. As seguir, são apresentados os principais destaques da última rodada da pesquisa, que contou com a contribuição de uma amostra de 1.984 respondentes:

⦿ Participação de compradores e investidores: a participação de compradores na última pesquisa (respondentes que declararam ter adquirido imóvel nos últimos 12 meses) se manteve praticamente estável em relação ao primeiro trimestre (em torno de 14%). Tal resultado representa um avanço de 4 pontos percentuais em relação ao observado no segundo trimestre de 2018 (10%), além de se consolidar no maior patamar da série desde 2014. Entre os que se declararam compradores, a maior parte (65%) manteve o interesse por imóveis usados, percentual próximo do teto da série histórica (66%). Em termos de objetivos, o interesse em utilizar o imóvel adquirido para moradia passou de 64% para 67% – também o maior patamar da série histórica – superando o interesse na aquisição do imóvel como forma de investimento (33%), seja para revenda ou aluguel.

⦿ Descontos nas transações: embora tenha oscilado no período recente, o percentual de transações com desconto no valor anunciado manteve-se praticamente estável ao longo do último semestre (em torno de 70%), mantendo-se no maior patamar da série histórica. Considerando apenas as transações que envolveram algum desconto, o percentual médio negociado entre compradores e vendedores apresentou leve elevação ao longo do segundo trimestre de 2019, encerrando junho em torno de 13% do valor anunciado.

⦿ Percepção sobre os preços atuais: houve nova queda na percepção de que os preços dos imóveis estão em níveis elevados (altos ou muito altos). Na última pesquisa, os respondentes se distribuíram entre os que achavam que os preços atuais estão altos ou muito altos (55%), em nível razoável (25%) e baixos ou muito baixos (18%), enquanto aqueles que não souberam opinar somaram 3% dos respondentes. Comparando-se a última pesquisa com o observado há 4 anos (no 2º trimestre de 2015), nota-se a expressiva diminuição da percepção de que os preços dos imóveis estão altos ou muito altos (de 78% para 55%), em paralelo ao aumento da participação de respondentes que acreditam que os preços estão em nível razoável (de 15% para 25%); e baixos ou muito baixos (de 5% para 18%).

⦿ Expectativa de preço: a proporção de respondentes da última pesquisa se dividiu entre aqueles que projetavam elevação nominal nos preços nos próximos 12 meses (27%), estabilidade (43%) e queda nominal nos preços no curto prazo (16%). Na última edição, cerca de 14% dos respondentes não souberam opinar a respeito da trajetória futura dos preços. A expectativa média quanto à variação dos preços para os próximos 12 meses apresentou alta entre o segundo trimestre de 2018 e o segundo trimestre de 2019, passando de queda nominal de 0,2% para alta nominal de 0,7%. Ainda que essa expectativa permanece abaixo do comportamento esperado da inflação para os próximos 12 meses, o resultado fornece novos indícios sobre a solidificação das convicções do público a respeito da recuperação paulatina dos preços dos imóveis