Com alta de 0,99% em março, preço do aluguel residencial encerrou primeiro trimestre em alta

Maior elevação mensal do preço médio de locação em 7 anos mostrou mercado aquecido antes da crise gerada pelo COVID-19

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■ Análise do último mês: o Índice FipeZap de Locação Residencial encerrou março com alta nominal de 0,99%, a maior elevação mensal desde março de 2013 (quando o preço médio de aluguel residencial subiu 1,08%). A expressiva variação do índice no último mês superou o resultado da inflação pelo IPCA/IBGE (+0,07%), impondo uma alta real de 0,92% no preço médio de locação de imóveis residenciais. À exceção do caso de Fortaleza, cidade onde os preços apresentaram recuo nominal de 0,62% em março, todas as demais 10 capitais monitoradas pelo Índice FipeZap de Locação Residencial exibiram alta nominal (e real) no preço do aluguel residencial, sendo Belo Horizonte aquela com a maior elevação (+1,85%), seguida pelos avanços registrados em Salvador (+1,75%) e Brasília (+1,34%). Entre as cidades com maior representatividade no cálculo do Índice FipeZap, São Paulo e Rio de Janeiro, foram registradas altas mensais de 1,26% e de 0,69%, respectivamente.

■ Balanço do primeiro trimestre: com altas consecutivas nos três primeiros meses do ano, o Índice FipeZap de Locação Residencial encerrou o trimestre com alta nominal de 1,89%. A variação expressiva do índice superou o resultado da inflação pelo IPCA/IBGE para o período (+0,53%), resultando em uma alta real de 1,35%. O resultado mostrou um trimestre de bastante dinamismo, ainda antes de qualquer efeito da pandemia do Coronavírus. Vale ressaltar que a variação do Índice FipeZap também superou o comportamento do IGP-M (FGV), índice comumente utilizado para reajustar os contratos de locação.

â–  Análise dos últimos 12 meses: com os últimos resultados, o Índice FipeZap de Locação Residencial acumula alta nominal de 5,14% ao longo dos últimos 12 meses – superando, neste horizonte, a inflação medida pelo IPCA/IBGE (+3,30%). Com efeito, o preço médio de locação residencial apresentou alta real de 1,78% nessa janela temporal. Todas as capitais monitoradas exibiram avanços nominais no preço médio de locação de imóveis residenciais. Especificamente, Curitiba registra a maior alta acumulada nos últimos 12 meses (+13,29%) seguida por Florianópolis (+13,18%) e São Paulo (+7,45%). No Rio de Janeiro, a alta acumulada no período (+1,33%) foi inferior à inflação registrada pelo IPCA.

■ Preço médio de locação residencial: com base em dados de todas 25 cidades monitoradas pelo Índice FipeZap de Locação Residencial, o preço médio do aluguel encerrou o primeiro trimestre de 2020 em R$ 30,37/m². Já entre as 11 capitais monitoradas, São Paulo se manteve como a capital com o preço médio de locação residencial mais elevado (R$ 40,52/m²), seguida pelo valor médio registrado em Brasília (R$ 31,61/m²) e no Rio de Janeiro (R$ 30,70/m²). Entre as capitais com menor valor de locação residencial em dezembro, destacaram-se: Fortaleza (R$ 17,08/m²), Goiânia (R$ 17,37/m²) e Curitiba (R$ 21,43/m²).

■ Rentabilidade do aluguel: a razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda dos imóveis é uma medida de rentabilidade (rental yield) para o investidor que opta em adquirir o imóvel com a finalidade de obter renda com aluguel ao longo do tempo. Nesse sentido, o indicador pode ser utilizado para avaliar a atratividade do mercado imobiliário em relação a outras opções disponíveis aos investidores a cada momento do tempo. Impondo ligeira alta frente ao percentual calculado há um ano (4,53%), o retorno médio do aluguel residencial (anualizado) avançou a 4,81% em março de 2020 (alta de 0,28 ponto percentual em 12 meses), mantendo-se em patamar superior ao retorno médio projetado para aplicações financeiras de referência.