Com quarta alta consecutiva, preço do aluguel acelera em outubro

Índice FipeZap de Locação registrou aumento de 0,57% no último mês, o maior avanço desde abril de 2020 (+0,95%)

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  • Análise do último mês: o Índice FipeZap de Locação Residencial, que acompanha o comportamento do preço médio do aluguel de imóveis residenciais, encerrou outubro com alta de 0,57%. Trata-se da quarta alta consecutiva do índice, acelerando frente às variações apuradas anteriormente em: julho (+0,13%), agosto (+0,37%) e setembro (+0,52%). Além disso, é a maior elevação mensal do índice desde abril de 2020 (+0,95%), momento em que os preços foram impactados negativamente em razão dos efeitos da pandemia. Comparativamente, no entanto, a variação mensal do índice se manteve abaixo da inflação medida pelo IPCA/IBGE (+1,25%), e pelo IGP-M/FGV (+0,64%). Individualmente, apenas Goiânia (-0,34%) e Salvador (-0,04%) registraram queda nos preços de locação de imóveis residenciais. Por outro lado, entre as capitais em que se apurou aumento, os maiores os avanços foram observados em: Florianópolis (+1,93%), Fortaleza (+1,85), Belo Horizonte (+1,29%), Recife (+1,14%), Curitiba (+0,89%), Rio de Janeiro (+0,48%), Porto Alegre (+0,40%) e São Paulo (+0,28%). Em Brasília, os preços oscilaram perto da estabilidade (+0,01%).
  • Balanço parcial de 2021: até outubro de 2021, o Índice FipeZap de Locação Residencial acumula uma alta de 2,38% no ano, resultado que mantém o comportamento do preço do aluguel de imóveis residenciais abaixo da inflação acumulada pelo IPCA/IBGE (+8,24%) e pelo IGP-M/FGV (+16,74%). O avanço do índice em 2021 é impulsionado pela variação do preço do aluguel em: Curitiba (+10,60%), Recife (+9,54%), Florianópolis (+8,48%), Fortaleza (+7,14%), Belo Horizonte (+6,08%), Salvador (+4,29%), Goiânia (+3,55%), Brasília (+2,86%) e Rio de Janeiro (+2,67%). Em São Paulo (-1,87%) e Porto Alegre (-0,87%), os preços acumulam queda em 2021.
  • Análise do acumulado em 12 meses: o Índice FipeZap de Locação Residencial registra ligeira alta no horizonte dos últimos 12 meses encerrados em outubro (+2,85%), variação inferior à inflação expressa pelo IPCA/IBGE (+10,67%) e pelo IGP-M/FGV (+21,73%) no mesmo horizonte temporal. Individualmente, à exceção de São Paulo e de Porto Alegre, onde se registram recuos de 2,12% e 0,99% nos preços, respectivamente, as demais capitais monitoradas pelo Índice FipeZap de Locação Residencial apresentam variações positivas nos últimos 12 meses, ordenadas da maior à menor variação da seguinte forma: Recife (+11,68%), Curitiba (+11,57%), Florianópolis (+9,40%), Fortaleza (+8,73%), Goiânia (+6,32%), Salvador (+6,20%), Belo Horizonte (+5,50%), Rio de Janeiro (+3,62%) e Brasília (+1,86%).
  • Preço médio de locação residencial: com base em dados de 25 cidades monitoradas pelo Índice FipeZap de Locação Residencial, o preço médio do aluguel encerrou o mês de outubro em R$ 31,08/m². Comparando-se a apuração nas 11 capitais acompanhadas pelo Índice, São Paulo apresentou o preço médio de locação mais elevado (R$ 39,37/m²), seguida pelos valores registrados em: Recife (R$ 34,68/m²), Brasília (R$ 33,25/m²) e Rio de Janeiro (R$ 31,71/m²). Já entre as capitais monitoradas com menor valor de locação, incluem-se: Fortaleza (R$ 18,61/m²), Goiânia (R$ 19,48/m²), Curitiba (R$ 22,96/m²) e Porto Alegre (R$ 24,65/m²).
  • Rentabilidade do aluguel: a razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda dos imóveis é uma medida de rentabilidade (rental yield) para o investidor que opta em adquirir o imóvel com a finalidade de obter renda com aluguel. O indicador pode ser utilizado para avaliar a atratividade do mercado imobiliário em relação a alternativas de investimentos a cada momento do tempo. Desde meados de 2020, o retorno médio do aluguel residencial tem recuado ligeiramente, encerrando outubro em 4,63% ao ano – taxa recentemente superada pela rentabilidade média projetada para aplicações financeiras de referência.

Nota (*): os preços considerados se referem a anúncios para novos aluguéis. O Índice FipeZap não incorpora em seu cálculo a correção dos aluguéis vigentes, cujos valores são reajustados periodicamente de acordo com o especificado em contrato. Como resultado, o Índice FipeZap de Locação Residencial capta de forma mais dinâmica a evolução da oferta e da demanda por moradia ao longo do tempo.