Com queda de 0,28% em agosto, preço médio de aluguel recua pelo terceiro mês consecutivo

Comportamento dos preços de locação residencial em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Florianópolis contribuíram o resultado negativo

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■ Análise do último mês: após recuo de 0,40% em julho, o Índice FipeZap de Locação Residencial apresentou nova queda em agosto de 2020 (-0,28%). A variação do Índice FipeZap de Locação Residencial ficou abaixo da inflação registrada tanto pelo IPCA/IBGE (+0,24%) e quanto pelo IGP-M/FGV (+2,74%), resultando em uma queda real do preço médio do aluguel dos imóveis. No último período, o comportamento negativo foi influenciado pela queda registrada nos preços desse segmento em algumas das principais capitais brasileiras: Curitiba (-1,24%), Florianópolis (-1,17%), São Paulo (-0,81%), Rio de Janeiro (-0,29%), Salvador (-0,27%) e Fortaleza (-0,23%). Já entre as
capitais que apresentaram elevação no preço médio, incluem-se: Belo Horizonte (+0,57%), Brasília (+0,39%), Goiânia (+0,22%), Porto Alegre (+0,18%) e Recife (+0,14%).
■ Balanço parcial de 2020: com mais um recuo mensal no preço médio dos imóveis, o Índice FipeZap de Locação Residencial reduziu o avanço acumulado no ano para 2,45% – variação que, quando comparada à inflação medida pelo IPCA/IBGE no período (+0,70%), resulta em uma alta real de 1,74%. Vale mencionar, por outro lado, que a variação acumulada do Índice FipeZap de Locação Residencial até agosto de 2020 encontra-se abaixo do IGP-M (FGV) acumulado no mesmo intervalo temporal (+9,64%).
■ Análise dos últimos 12 meses: com os últimos resultados negativos, o Índice FipeZap de Locação Residencial reduziu a alta acumulada nos últimos 12 meses para 3,75% – superando também, neste horizonte, a inflação medida pelo IPCA/IBGE (+2,44%), mas não a calculada pelo IGP-M/FGV (+13,02%). Comparado ao IPCA, o preço médio de locação residencial acumula alta real de 3,46% em 12 meses. À exceção de Fortaleza, onde o Índice FipeZap registrou ligeira queda de 0,12%, as demais capitais monitoradas apresentaram elevação nominal de preço nesse recorte temporal, ordenadas do maior ao menor avanço da seguinte forma: Recife (+8,64%), Belo Horizonte (+8,17%), Brasília (+6,89%), Goiânia (+5,96%), Porto Alegre (+5,41%), Florianópolis (+4,93%), Curitiba (+4,27%), São Paulo (3,73%), salvador (+1,40%) e Rio de Janeiro (+0,71%).
■ Preço médio de locação residencial: com base em dados de todas as 25 cidades monitoradas pelo Índice FipeZap de Locação Residencial, o preço médio do aluguel encerrou o mês de agosto de 2020 em R$ 30,50/m². Entre as 11 capitais monitoradas, São Paulo se manteve como a capital com o preço médio de locação residencial mais elevado (R$ 40,56/m²), seguida pelos valores médios registrados em Brasília (R$ 32,34/m²), Recife (R$ 30,63/m²) e Rio de Janeiro (R$ 30,49/m²). Já entre as capitais com
menor valor de locação residencial no mês de maio, destacaram-se: Fortaleza (R$ 17,29/m²), Goiânia (R$ 17,75/m²), Curitiba (R$ 20,81/m²) e Salvador (R$ 23,91/m²).
■ Rentabilidade do aluguel: a razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda dos imóveis é uma medida de rentabilidade (rental yield) para o investidor que opta em adquirir o imóvel com a finalidade de obter renda com aluguel ao longo do tempo. Nesse sentido, o indicador pode ser utilizado para avaliar a atratividade do mercado imobiliário em relação a outras opções disponíveis aos investidores a cada momento do tempo. Impondo ligeira alta frente ao percentual calculado há um ano
(4,62%), o retorno médio do aluguel residencial (anualizado) encerrou em agosto de 2020 em 4,78% (alta de 0,16 ponto percentual em 12 meses), superando nesse horizonte a rentabilidade média projetada de aplicações financeiras de referência.