Em alta, participação de compradores entre respondentes da pesquisa é a maior desde 2014

Preferência por imóveis usados também foi destaque no período, encerrando o primeiro trimestre no maior patamar da série histórica (66%)

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A Raio-X FipeZap do 1º trimestre de 2019 oferece novos dados e informações sobre o perfil e objetivos dos agentes do mercado imobiliário brasileiro, incluindo informações inéditas sobre compradores, compradores em potencial e proprietários de imóveis; participação de investidores entre compradores; incidência e percentual de descontos sobre o valor anunciado dos imóveis; bem como a percepção e expectativa dos respondentes com respeito ao nível e trajetória dos preços dos imóveis no curto e longo prazos. As seguir, são apresentados os principais destaques da última pesquisa:

⦿ Participação de compradores e investidores: seguindo trajetória observada nos últimos trimestre, a última pesquisa aponta um aumento da participação de compradores (que declararam ter adquirido imóvel nos últimos 12 meses), passando de 10%, no início de 2018, para 14% do total de respondentes, na última pesquisa – o maior patamar desde 2014. Entre os compradores da última pesquisa, vale ressaltar, a maior parte (66%) optou por imóveis usados – o maior percentual da série histórica da pesquisa. Já a participação dos investidores apresentou alta de 5 pontos percentuais na última pesquisa, totalizando 38% dos respondentes que adquiriram imóveis nos últimos 12 meses – patamar ainda inferior ao observado em 2017. Entre investidores, os objetivos se dividiram entre a renda com o aluguel (54%) e o crescente interesse na revenda (46%).

⦿ Descontos nas transações: o percentual de transações com descontos manteve-se praticamente estável entre último trimestre de 2018 (69%) e primeiro trimestre de 2019 (70%), patamar atingido após trajetória ascendente observada desde meados de 2017. Vale lembrar que, a despeito da estabilidade, o percentual calculado para o último trimestre (70%) se equiparou ao teto da série histórica da pesquisa, registrado em meados de 2016 (70%). Considerando apenas as transações que apresentaram algum desconto negociado, o percentual médio negociado pelos compradores apresentou estabilidade no início deste ano, encerrando a série em torno de 12%.

⦿ Percepção sobre os preços atuais: houve queda na percepção de que os preços dos imóveis estão em níveis elevados (altos ou muito altos). Na última pesquisa, referente ao primeiro trimestre de 2019, os respondentes se distribuíram entre os que achavam que os preços atuais estão altos ou muito altos (56%), em nível razoável (28%) e baixos ou muito baixos (14%), enquanto aqueles que não souberam opinar somaram 2% dos respondentes. Comparando-se a última pesquisa com o observado há 3 anos (no 1º trimestre de 2016), nota-se a evidente a diminuição da percepção de que os preços dos imóveis estão altos ou muito altos (de 73% para 56%), ao mesmo tempo em que cresceu a participação de respondentes que acreditam que os preços estão em nível razoável (de 19% para 28%) e baixos ou muito baixos (de 6% para 14%).

⦿ Expectativa de preço: a proporção de respondentes da última pesquisa que projetava elevação nominal nos preços nos próximos 12 meses recuou para 28%, enquanto 43% apostavam na estabilidade e 14% em queda nos preços no curto prazo. Além disso, cerca de 15% dos respondentes não souberam opinar a respeito da trajetória futura dos preços). A expectativa média de variação dos preços dos imóveis para os próximos 12 meses manteve-se praticamente estável entre o quatro trimestre de 2018 e o primeiro trimestre de 2019, indicando alta nominal de 1,0% para 2019. Tal resultado pode ser interpretado também como uma solidificação das convicções do público a respeito da recuperação paulatina dos preços dos imóveis, muito embora tal expectativa ainda seja inferior à inflação esperada para os próximos 12 meses.