Intenção de compra avança novamente no 3º tri e atinge patamar recorde

Pretensão de morar no imóvel prevalece tanto entre compradores potenciais quanto entre respondentes que declararam ter adquirido imóveis recentemente

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A pesquisa Raio-X FipeZap do 3º trimestre de 2020 oferece dados inéditos a respeito da percepção e do comportamento dos agentes do mercado imobiliário durante a pandemia da Covid-19, incluindo informações sobre compras realizadas e intenção de compra; participação de investidores entre os compradores; incidência e percentual de descontos negociados sobre o valor anunciado; percepção e expectativas com respeito ao nível e trajetória dos preços dos imóveis no curto e longo prazos, entre outros.
A seguir, são apresentados os destaques desta edição da pesquisa, elaborada a partir da contribuição de 1.246 respondentes entre outubro de 2020 e início de novembro de 2020:
⦿ Participação de compradores: a participação de compradores na amostra (respondentes que declararam ter adquirido imóvel nos últimos 12 meses) manteve-se relativamente estável no último trimestre, atingindo cerca de 10% dos respondentes da amostra. Em relação ao estado ou tipo do imóvel adquirido, a preferência por imóveis usados recuou de 68% para 64% entre
compradores do 3º trimestre, mantendo-se acima da média histórica da pesquisa (58%). Em termos de objetivos, uma parcela crescente dos compradores justificou a aquisição com a finalidade de morar no imóvel (61%), sobrepondo-se à finalidade investimento (para valorização e posterior revenda ou obtenção de renda com aluguel), citada por 39% dos respondentes.
⦿ Intenção de compra: a proporção de respondentes que declarou intenção de adquirir imóveis nos próximos 3 meses apresentou nova alta, passando de 43%, no 2º trimestre, para 48%, entre os respondentes da amostra do 3º trimestre de 2020. Esse resultado estabelece novo patamar recorde na série histórica da pesquisa Raio-X FipeZap, iniciada em 2014. Entre os que
declararam intenção de adquirir imóveis no futuro próximo, metade dos respondentes se mostrou indiferente entre imóveis novos ou usados (50%), seguida pela preferência por usados (41%) e imóveis novos (9%). Já em termos de objetivo, a grande maioria destacou a intenção de utilizar o imóvel para moradia própria (86%), contrastando com o objetivo investimento (14%).
⦿ Descontos nas transações: o percentual de transações com desconto sobre o valor anunciado do imóvel oscilou pouco dos últimos meses, encerrando setembro com uma incidência de 72% sobre as transações realizadas nos últimos 12 meses – resultado que mantém o indicador no maior patamar da série histórica. Considerando apenas as transações que envolveram alguma redução no valor anunciado, todavia, o percentual médio de desconto negociado recuou ligeiramente nos últimos meses, encerrando o período em 12% sobre o valor anunciado do imóvel.
⦿ Percepção sobre os preços atuais: a percepção dos respondentes em relação aos preços dos imóveis manteve-se relativamente estável no 3º trimestre de 2020. Em detalhe, a participação dos respondentes que classificavam os preços atuais como “altos ou muito altos” declinou ligeiramente no período (de 61% para 59%), movimento similar ao da parcela de respondentes que consideram os preços como “baixos ou muito baixos” (de 9% para 6%). Em contraste, a participação de respondentes que indicavam que os preços estavam em um nível razoável apresentou
ligeira alta, passando de 27% para 29% da amostra. Respondentes que não souberam responder sobre o nível atual dos preços dos imóveis totalizaram 6% no último trimestre.
⦿ Expectativa de preço: em relação às apostas e projeções dos agentes para os preços dos imóveis nos próximos 12 meses, os últimos resultados evidenciam a normalização das expectativas (para níveis pré-pandemia), após 2 trimestres marcado por perdas econômicas, incertezas e forte volatilidade. Com base na análise histórica dos resultados, é possível destacar que uma parcela crescente dos respondentes passou a projetar um aumento dos preços – opinião compartilhada por 32% da amostra do último trimestre. Além disso, uma proporção similar (porém declinante) dos respondentes projeta a manutenção dos preços nos próximos 12 meses (31%). Finalmente, uma parcela menor e relativamente estável da amostra (em termos históricas) tem apostado na redução no preço dos imóveis no futuro próximo (15%). Em termos de variação esperada, a expectativa média entre todos os respondentes do 3º trimestre também convergiu
para níveis registrados antes do início à pandemia, projetando ligeira alta nominal de 0,9% para o preço dos imóveis nos próximos 12 meses