Preços de locação de imóveis comerciais avançam 0,29% em janeiro

Em contraste, preços de venda do segmento apresentaram alta discreta no mês (+0,09%), mantendo-se praticamente estáveis em 12 meses

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  • Análise do último mês: segundo o Índice FipeZAP+, em janeiro de 2022, o preço de venda de salas e conjuntos comerciais de até 200 m² apresentou discreta alta (+0,09%), enquanto o preço de locação do segmento avançou 0,29%. Comparativamente, ambas variações apuradas pelo índice foram inferiores à inflação mensal medida tanto pelo IPCA/IBGE (+0,54%) quanto pelo IGP-M (+1,82%). Entre as 10 cidades monitoras, os preços de venda avançaram e:m: Curitiba (+0,84%), Florianópolis (+0,82%), Salvador (+0,45%), São Paulo (+0,24%), Porto Alegre (+0,22%) e Rio de Janeiro (+0,02%), contrapondo-se aos recuos observados em Brasília (-3,95%), Campinas (-0,43%), Niterói (-0,35%) e Belo Horizonte (-0,04%). No tocante aos alugueis, foram registradas altas em quase todas as cidades: Brasília (+1,75%), Niterói (+0,74%), Florianópolis (+0,71%), Curitiba (+0,45%), Rio de Janeiro (+0,40%), Belo Horizonte (+0,30%), Salvador (+0,29%), São Paulo (+0,19%) e Campinas (+0,14%) Nesse caso, houve recuo apenas nos preços de locação comercial em Porto Alegre (-0,39%).
  • Análise dos últimos 12 meses: o preço médio de venda de imóveis comerciais apresentam uma variação próxima da estabilidade nos últimos 12 meses (+0,05%) enquanto o preço de locação acumula uma alta nominal de 2,92% no período. Comparativamente, esses resultados permanecem abaixo da inflação acumulada pelo IPCA/IBGE (+10,38%) e pelo IGP-M/FGV (+16,91%) no mesmo horizonte temporal. Pela ótica individual, o aumento do preço médio de venda dos imóveis do segmento é observado nas seguintes localidades: Curitiba (+6,81%), Brasília (+2,10%), Campinas (+1,89%) e São Paulo (+1,42%), contrastando com os recuos em: Rio de Janeiro (-2,45%), Porto Alegre (-2,40%), Florianópolis (-2,36%), Belo Horizonte (-2,18%), Salvador (-2,02%), e Niterói (-1,83%). Quanto ao preço médio de locação do segmento, as altas apuradas em Curitiba (+9,28%), São Paulo (+3,94%), Brasília (+3,92%), Campinas (+2,80%), Niterói (+2,77 %), Rio de Janeiro (+2,10%), Porto Alegre (+1,04%), Belo Horizonte (+0,71%) e Florianópolis (+0,27%) se opõem ao comportamento apurado em Salvador (-1,95%).
  • Preço médio de venda e locação: em janeiro de 2022, o valor médio do m2 de imóveis comerciais anunciados nas cidades monitoradas pelo Índice FipeZAP+ Comercial foi de R$ 8.460/m2 , no caso de imóveis comerciais anunciados para venda, e de R$ 38,22/m2 , entre aqueles destinados para locação. Entre todas as 10 cidades monitoradas pelo Índice FipeZAP+ Comercial, a cidade de São Paulo se destacou com o maior valor médio tanto para venda de salas e conjuntos comerciais de até 200 m² (R$ 9.820/m2 ), quanto para locação de imóveis do mesmo segmento (R$ 45,78/m2 ). Já no Rio de Janeiro, os preços médios de venda e de locação de salas e conjuntos comerciais anunciados foram de R$ 9.105/m² e R$ 38,08/m², respectivamente.
  • Rentabilidade do aluguel comercial: pela razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda dos imóveis comerciais, é possível obter uma medida da rentabilidade para o investidor que opta por investir no imóvel com a finalidade de obter renda com aluguel (rental yield). O indicador pode ser utilizado para avaliar a atratividade de salas e conjuntos comerciais em relação a outras opções de investimento. Com referência a janeiro de 2022, o retorno médio do aluguel de imóveis comerciais foi apurado em 5,56% ao ano, mantendo-se em patamar superior à rentabilidade média do aluguel de imóveis residenciais (4,69% ao ano). Por outro lado, o rental yield de ambos segmentos é superado, o retorno médio esperado de aplicações financeiras de referência.

Nota (*): os preços considerados se referem a anúncios para novos aluguéis. O Índice FipeZAP+ não incorpora em seu cálculo a correção dos aluguéis vigentes, cujos valores são reajustados periodicamente de acordo com o especificado em contrato. Como resultado, o Índice FipeZAP+ de Locação Residencial capta de forma mais dinâmica a evolução da oferta e da demanda por moradia ao longo do tempo.